A guerra na Ucrânia vai além das suas fronteiras.
Às vezes ela também se torna a arena para potências armamentistas — neste caso a Rússia e a aliança militar ocidental Otan — para testar armas com o potencial de mudar as guerras como as conhecemos.
O uso de mísseis hipersônicos pela Rússia é uma prova disso.
A Rússia os usou pela primeira vez no início da invasão — marcando a primeira vez em que o uso dessas armas foi registrado em qualquer guerra.
E depois de vários meses sem relatos de novos disparos, a Rússia reconheceu na quinta-feira (9/3) que os usou novamente, como parte de intensos ataques à Ucrânia que deixaram pelo menos nove mortos e vários danos à infraestrutura.
O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, disse que seu país atacou "elementos-chave da infraestrutura militar ucraniana com armas de longo alcance e alta precisão, incluindo mísseis hipersônicos Kinzhal".
O presidente russo, Vladimir Putin, destacou no passado que seu país investe em mísseis balísticos hipersônicos, embora várias potências armamentistas como Estados Unidos, Irã e China também estejam envolvidas na corrida por essas armas, que são capazes de viajar a uma velocidade espantosa.